O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou a nomeação de Alexandre Padilha como novo ministro da Saúde, substituindo Nísia Trindade em meio a uma reforma ministerial. Padilha, que já chefiou a pasta durante o governo de Dilma Rousseff, aceitou o convite com entusiasmo e ressaltou seu compromisso com o Sistema Único de Saúde (SUS). Ele planeja focar na redução do tempo de espera para atendimento e fortalecer as políticas de saúde pública. Em agradecimento, Padilha expressou sua admiração por Nísia, destacando seu legado significativo na reconstrução do SUS após anos de desafios administrativos.

O presidente Lula se reuniu nesta terça-feira com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, em meio a críticas à sua gestão, que apresenta desgaste. Auxiliares do presidente informaram que ele cogita substituir Nísia por Alexandre Padilha, atual ministro da articulação política, embora a decisão ainda não seja oficial. Essa reunião acontece após um evento no Palácio do Planalto, onde foi anunciado um acordo para produção de vacinas contra a dengue. Lula expressou insatisfação com o andamento do programa Mais Acesso a Especialistas, uma iniciativa para aumentar a oferta de consultas e exames no SUS.

O ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, manifestou-se de forma contundente contra um projeto que equipara aborto a homicídio após 22 semanas de gestação. Ele afirmou que o governo não irá apoiar a mudança na legislação sobre o aborto, reforçando que o presidente Lula sempre manteve a postura de não alterar a legislação atual. Padilha classificou o projeto como uma 'barbaridade' e destacou que o governo não apoiará uma legislação que penalize a mulher estuprada. Esta foi a primeira vez que o ministro se posicionou de forma incisiva sobre o assunto.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, admitiu ter errado ao chamar o ministro Alexandre Padilha de 'desafeto pessoal' e 'incompetente'. Ele alertou para a falta de articulação do governo no legislativo, destacando que o atual governo é o que tem melhores condições de governar. Lira desconversou sobre a instalação de CPIs e afirmou que a decisão será tomada com calma. As críticas a Padilha geraram polêmica, com o ministro respondendo de forma sutil. A abertura de CPIs segue em discussão, com possíveis temas como STF, energia elétrica e exploração infantil.